Pobreza contextual e mortalidade nas duas primeiras décadas do século XXI no Município de São Paulo: efeitos temporais, espaciais e de medição | Mirela Barros Serafim
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Pobreza contextual e mortalidade nas duas primeiras décadas do século XXI no Município de São Paulo: efeitos temporais, espaciais e de medição
Mirela Barros Serafim| Doutoramento em Geografia Humana| Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
A pobreza urbana das megacidades possui graves implicações na saúde da população. Enquanto a pobreza é um problema multidimensional e multiescalar, a maioria dos estudos na área da saúde urbana utilizam uma medida unidimensional aproximativa (e.g., renda, educação ou desigualdade) e o bairro costuma ser utilizado como a única escala espacial de análise. Neste sentido, este estudo pretende compreender como a pobreza contextual e multidimensional explica a mortalidade em diferentes escalas espaciais em São Paulo – uma megacidade com fortes desigualdade e concentração de pobreza. Primeiro, desenvolvi uma revisão de escopo sobre a associação entre pobreza contextual e mortalidade nas megacidades nas duas primeiras décadas do século XXI e durante a pandemia de COVID-19. Estatísticas de regressão espacial serão desenvolvidas utilizando uma medida de pobreza contextual e multidimensional para explicar os riscos relativos de óbitos infantis e por COVID-19 em diferentes escalas espaciais (32 subprefeituras, 96 distritos, 310 áreas de amostra e 1.593 Unidades de Desenvolvimento Humano). Adicionalmente, serão aplicadas técnicas de ponderação quantitativa e qualitativa às dimensões de pobreza. Por fim, entrevistas semiestruturadas serão realizadas com o intuito de identificar os principais avanços e desafios relativos aos objetivos de saúde e pobreza da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.