A Geografia como ciência interventiva | Hélder Lopes
A Geografia como ciência interventiva | Hélder Lopes (Universidade do Minho)
A Geografia assume um papel central na análise da complexidade das interações entre o ser humano e o ambiente, promovendo uma abordagem crítica e interdisciplinar para compreender os desafios contemporâneos, como as alterações climáticas e a sustentabilidade, de modo mais amplo. Neste contexto, a integração de metodologias participativas na formação dos estudantes torna-se essencial, permitindo-lhes desenvolver competências que transcendam a mera aquisição teórica.
A adoção da ciência cidadã e de ferramentas como os Sistemas de Informação Geográfica Participativos (PGIS) permite aos alunos envolverem-se ativamente na recolha e interpretação de dados ambientais, promovendo uma aprendizagem baseada na experiência. Tal fundamenta-se precisamente no TIP Model (Territory-Intervention-Proposal), que se enquadra num referencial para a estruturação de uma geografia mais interventiva, onde se apela à participação ativa dos estudantes da Geografia na recolha e análise de dados ambientais.
A Geografia e a Educação Geográfica, alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), deve, pois, ser responsável por preparar os estudantes para intervirem de forma informada e crítica, promovendo a sustentabilidade e a justiça ambiental nos territórios onde atuam.
Figura 1. Metodologia colaborativa – TIP model (Território, Intervenção, Proposta).


