A demografia refletida no aumento da idade da reforma | Rosa Brito
A demografia refletida no aumento da idade da reforma | Rosa Brito (Docente e Mestranda em Ensino de Geografia no 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário - FLUP)
Em Portugal, ao longo das últimas décadas, assistimos a um progressivo envelhecimento da população, resultante de diversos fatores que se refletem nos indicadores demográficos, nomeadamente, na diminuição da natalidade e no aumento da esperança média de vida e do índice de longevidade. As estimativas anuais da população residente, comprovam que Portugal tem registado um aumento do índice de envelhecimento (128,0 em 2011 comparativamente com 188,1 em 2023) e, na mesma linha, do índice de dependência de idosos (de 29,1 em 2011 para 38,2 em 2023). Contrariamente, o índice de dependência de jovens diminuiu (de 22,8 em 2011 para 20,3 em 2023) e o índice de renovação da população em idade ativa também diminuiu (de 92,7 em 2011 para 76,5). Este cenário, leva a um aumento das despesas do Estado que não é compensado pelas contribuições da população ativa. Esta realidade, que se reflete na idade da reforma, dado que tem aumentado gradualmente - em 2025 passará para 66 anos e 7 meses.
Mas até quando é viável o aumento sucessivo da idade da reforma para combater este desequilíbrio financeiro do país? Não teremos de olhar para outro tipo de medidas?