VI Congresso da Geografia Portuguesa / Eixos temáticos / B. Ensino da Geografia: novas competências, novos desafios
B. Ensino da Geografia: novas competências, novos desafios
Coordenadores científicos
- Fernanda Cravidão
- Herculano Cachinho
Comunicações
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- A ATUAL POLÍTICA CURRICULAR BRASILEIRA E O ENSINO DE GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Genylton Odilon Rego da Rocha
Palavras chave: Currículo, Políticas Curriculares, Parâmetros Curriculares Nacionais, Ensino de Geografia, Neoliberalismo, Educação Básica, BrasilA partir da segunda metade da década de noventa do século passado, uma nova política de estado, destinada a promover a reforma da educação brasileira, foi sendo implementada. Fazendo parte desta política maior, e recebendo especial destaque, novas determinações oficiais foram impostas para o currículo prescrito destinado à educação básica, incluindo-se aquelas destinadas ao ensino de geografia para este nível educacional. As análises por mim realizadas, resultante de um estudo de caráter qualitativo realizado por intermédio dos aportes metodológicos das pesquisas bibliográfica e documental, levaram-me a concluir que o currículo prescrito pelo governo brasileiro para o ensino de geografia, presentes nos chamados Parâmetros Curriculares Nacionais, resulta da necessidade de fazer com que a escola e essa disciplina, venham a atender as novas demandas postas pelo capitalismo. Busco demonstrar que neste momento em que as idéias neoliberais promovem uma colonização da educação e do currículo, as geografias escolares de fundamentação positivista ou dialética que se fazem presentes nas salas de aula, tornaram-se entrave para o cumprimento do novo papel que se espera da escola. Para lhes contrapor, uma nova geografia escolar de fundamentação fenomenológica e construtivista foi selecionada pelo estado para ser veiculada no interior das escolas.
- O CONTRIBUTO DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS PARA UM MUNDO MAIS SUSTENTÁVEL
Paula Cristina Remoaldo
Palavras chave: Desenvolvimento Sustentável, Empowerment, Oito Objectivos do Milénio, ComportamentosO filme/documentário intitulado An Inconvenient Truth. A Global Warning (Uma
Verdade Inconveniente: Alerta Global - título comercializado em Portugal) de Al Gore, largamente mediatizado em finais de 2006 e durante os primeiros meses de 2007, veio contribuir para a reflexão de milhões de habitantes do planeta Terra sobre a questão da sua (in)sustentabilidade.
Dois meses antes da estreia do filme/documentário lançámos um desafio aos estudantes do 1º ano da Licenciatura em Geografia da Universidade do Minho na unidade curricular de Geografia Humana que se prendeu com a realização de um trabalho intitulado O meu contributo para tornar o mundo mais sustentável. Foi desenvolvido com o apoio da Profª. Doutora Natascha Van Hattum no âmbito do Projecto “Novos Métodos de Avaliação”.
Este projecto foi coordenado pela Presidência do Conselho de Cursos de Engenharia e apoiado pela Reitoria da Universidade do Minho com o suporte financeiro da Comissão Europeia, e que se centra no per-assessment e no self-assessment. Na presente comunicação desvendamos algumas das análises introspectivas realizadas pelos estudantes relativamente aos comportamentos que encetam, quer positivos quer negativos, e a proposta de mudança avançada por cada um a curto prazo. - OS DIREITOS HUMANOS NA SALA DE AULA
Carla Afonso Ribeiro, Cátia Freitas, Lúcia Bettencourt
Palavras chave: Direitos humanos, experiências educativas, competências, diferenciação, GeografiaA presente comunicação tem como tema estruturante os Direitos Humanos na Educação Geográfica. Desta forma, pretende valorizar-se os Direitos Humanos/sociais no ensino da disciplina de Geografia e promover esta pela atenção privilegiada que concede à concretização dos mesmos direitos, assim como desenvolver competências docentes de investigação em sala de aula.
Considerando os vários assuntos que a educação para a cidadania aborda, facilmente constatamos que a Geografia pode contribuir significativamente para a formação dos alunos neste domínio, já que “têm em comum o desenvolvimento de valores e atitudes, conceitos e capacidades” (MACHON e WALKINGTON, 2000).
Deste modo, procurámos uma “igualdade dos resultados da aprendizagem, em vez de uma igualdade das oportunidades” (SHOUMAKER, 1994), que neste caso se materializaria na aplicação das mesmas experiências educativas a todas as turmas, mesmo sabendo que determinadas actividades à priori não alcançariam o sucesso desejado, assim optou-se por idealizar e planificar actividades ao longo do ano lectivo atendendo àquilo que conhecíamos dos alunos. Por conseguinte, a grande aposta consistiu na diversificação (das situações de ensino-aprendizagem, de recursos, etc) e diferenciação das actividades/ experiências educativas, tendo em atenção as características, especificidades e interesses dos alunos, de forma a tornar a sua aprendizagem mais significativa, combatendo assim, o chamado “currículo pronto-a-vestir de tamanho único que herdámos do passado e que dificulta o desenvolvimento de políticas e práticas de diferenciação pedagógica” (FORMOSINHO, 1981 in FERNANDES, 2000). - POESIA E EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA, PERSPECTIVAS DE ABORDAGEM
Maria Helena Ramalho, Vítor Fontes
Palavras chave: Educação Geográfica, Poesia, Didáctica, CompetênciasContribuir para a formação de cidadãos geograficamente competentes e promover a cultura e a literacia geográfica são, hoje, grandes desafios dos professores de Geografia dos ensinos Básico e Secundário. A operacionalização dessas metas/desafios requer dos professores criatividade e exigência na construção de estratégias didácticas que contribuam para um efectivo desenvolvimento das competências geográficas.
É neste contexto que consideramos que a poesia, tantas vezes ignorada, temida ou entendida como património exclusivo da disciplina de Língua Portuguesa, pode ser um recurso e uma ferramenta didáctica extremamente útil, dado o seu enorme potencial educativo. As possibilidades de abordagem são múltiplas e entre elas destacamos: (a) os poemas enquanto documentos reveladores de uma perspectiva espacial/ territorial, potenciadores de análise geográfica (temática); (b) os poemas enquanto recursos didácticos com potencial ao nível do desenvolvimento procedimental e/ou atitudinal; (c) os poemas enquanto elementos estruturantes na construção de situações educativas agregadoras; (d) os poemas enquanto instrumentos para o desenvolvimento e aprofundamento de competências (geográficas e transversais) e de articulações disciplinares; (e) os poemas enquanto recursos/instrumentos potenciadores do alargamento da identidade cultural dos alunos.
Criar pontos de contacto entre a expressão poética e os saberes geográficos é o exercício que propomos após várias situações concretizadas de utilização didáctica da poesia, num apelo à intuição pedagógica e à criatividade de cada professor.
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